02 fev, 2021 - 18:15 • João Fonseca
Os nove pontos de diferença para o Sporting e os maus resultados estão a gerar no plantel do Benfica "um momento que não é fácil" e que provoca "alguma desconfiança" entre os jogadores.
Hélder Cristóvão, antigo jogador e capitão das águias, explica em Bola Branca que a alteração tática em Alvalade não ajudou, mas que terão que ser os atletas a dar o exemplo, e começando já no confronto de sexta-feira na Luz com o Vitória de Guimarães.
"É um contexto muito complicado perante uma excelente equipa, bem orientada. Cada jogo tem que ser uma oportunidade para mostrar que a equipa está viva. Ninguém vai atirar a toalha ao chão, nem poderia ser de outra forma. Toda a gente está à espera de uma resposta forte do grupo de trabalho", acrescenta o ex-internacional português.
Hélder Cristóvão confia que o plantel encarnado saberá "olhar para dentro", porque "o mais fácil seria culpar tudo ao redor".
"Acho que têm de olhar para dentro, não podem olhar para o lado, é o mais fácil e culpar o que está em redor. É preciso autocrítica e começar por aí e procurar os líderes e serem cada vez mais fortes como grupo", explica.
As águias terão que procurar líderes, sendo que em Alvalade o ex-capitão viu "um Otamendi forte" e um Pizzi "muito revoltado". Contudo, sente que falta "liderança em campo" e não no que diz respeito à comunicação, mas sim dando exemplos na forma de atuar perante a adversidade.
Jorge Jesus está afastado do grupo de trabalho, algo que "tem alguma influência", mas que "não pode ser a justificação para tudo.
"Não diria que tem muita [influência], mas tem alguma. A presença de Jesus é muito forte no grupo e na sua liderança diária e nos jogos. Tem tido alguma influência, mas não pode ser a justificação para tudo", atira.