Domingos Paciência, antigo treinador do Sporting, coloca-se ao lado de Rúben Amorim no momento mais difícil como treinador dos verde e brancos.

O técnico dos leões tem sublinhado que, apesar de ter conquistado quatro títulos em três anos, não tem o lugar assegurado e Paciência concorda que “é mesmo assim, um treinador vive dos resultados”.

A eventual contestação está diretamente relacionada como sucesso e Paciência assume que “sair quando se está a ganhar é sempre diferente”, mas evita avançar se esse teria sido o caminho certo para Amorim.

“Não há épocas nem planteis iguais. É normal que, mais dia menos dia, haja sempre resultados menos bons e é natural que se ponha em causa o treinador, porque é onde se pode mexer”, diz, em Bola Branca.

Domingos utiliza um exemplo pessoal para ilustrar que a vida de um treinador “é mesmo assim”. “Estive dois anos em Braga, que foram muito bons, mas em que dificilmente conseguiria fazer muito melhor do que fiz. Se lá ficasse, teria certamente sido despedido”, explica.

“O passado é muito bonito, mas os adeptos querem continuar a ganhar. É natural que possa haver essa insatisfação, não com Rúben Amorim, mas com todos”, afirma, em entrevista à Renascença.

Quanto ao momento da equipa de Alvalade, Domingos Paciência não duvida que, não fossem os bons resultados na Liga dos Campeões, poderíamos “estar a falar de um Sporting muito mais fragilizado”.

É “natural” que os leões lutem pelo título, mas “são muitos pontos em relação ao Benfica”.

“É evidente que o Sporting é um candidato ao título”, sublinha. “Acredito que, nesta altura, comece a ver 11 pontos como um obstáculo difícil de ultrapassar. Mas ainda há muito campeonato, mas esperar e ver como as equipas reagem”, termina.

O Sporting arranca a jornada com a receção ao Gil Vicente, esta sexta-feira, às 19h00,com relato na Renascença e acompanhamento, ao minuto, em rr.sapo.pt.