A presidente da Associação Portuguesa de Defesa do Adepto (APDA), Martha Gens, considera que os adeptos de futebol continuam a ser discriminados pelo Governo, no contexto da pandemia da Covid-19.

O primeiro-ministro, António Costa, reafirmou, na quinta-feira, que os estádios vão continuar sem público até ao fim da época. Uma decisão que Martha Gens lamenta e condena, em declarações a Bola Branca:

"Num contexto de desconfinamento progressivo, em que as outras atividades culturais regressam ao seu palco com espetadores, o futebol é, mais uma vez, excluído. Já foram feitos testes piloto, tivemos jogos com público onde se constatou que não foi por isso que houve um aumento da curva pandémica. Por isso, continuamos sem perceber a decisão e achamos que há uma discriminação em relação aos adeptos do futebol."

Maus exemplos


Martha Gens recorda o comportamento de alguns agentes do futebol, nos últimos tempos, para repudiar a exigência colocada sobre os adeptos.

"Quando se culpam os adeptos de todos os males do futebol, o mínimo que se pode pedir é que quem o faz tenha um comportamento exemplar, o que, claramente, não é o caso. O que esperamos aqui é que os procedimentos contraordenacionais, criminais e disciplinares sejam instaurados da mesma maneira, e com a mesma rapidez, que são instaurados contra os adeptos", sublinha.