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Bens essenciais. Produtores dizem que subida de preços será "imediata" em janeiro

15 dez, 2023 - 06:15 • João Malheiro

Apesar da subida de preços ser inevitável, o secretário-geral da CAP considera que não há "razões para alarme". O leite é um dos produtos que não registará grande aumento de preço.

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Os preços dos bens essenciais vão subir de forma "imediata" em janeiro e podem agravar-se devido à instabilidade do mercado, avisa o secretário-geral da Confederação de Agricultores de Portugal (CAP), à Renascença.

Luís Mira aponta que há vários fatores que podem fazer aumentar os preços dos produtos, a começar pelo fim do IVA Zero, a partir de 2024.

Os preços dos 46 produtos do cabaz do IVA Zero "desceram 7%, 8%, em média, durante este período" e "a compensação que existiu aos agricultores por causa dos custos de produção também já terminou".

"Outra razão tem a ver com questões de mercado. O azeite subiu, porque houve um quebra de produção muito grande", refere.

E Luís Mira indica que "há um clima de instabilidade" que pode provocar novos aumentos dos preços. É o caso da crise política que Portugal vive neste momento, que afeta custos e investimentos da produção dos bens essenciais.

"A Agricultura depende muito da aplicação eficiente da Política Agrícola Comum. Se não for aplicada com eficiência, aumenta o custo aos produtores e isso reflete-se nos consumidores", explica.

"Às vezes, há situações que não estamos à espera. Devido às condições climatéricas, conflitos, condições de produção. Tudo pode influenciar o preço", acrescenta.

Apesar da subida de preços ser inevitável, para o secretário-geral da CAP sustém que não há "razões para alarme".

"Não há razão nenhuma que haverá tal problema. Vai subir os 7%, 8% do IVA Zero. Não há razão para alarme. Agora, que vai subir, vai", conclui.

Um dos produtos que os portugueses podem esperar que não tenha grande aumento nos preços é o leite.

O secretário-geral da Associação dos Produtores de Leite de Portugal diz, à Renascença, que o custo deste produto continuará estável para os consumidores.

Carlos Neves afirma que produzir está cada vez mais caro, mas isso não se vai refletir num custo para o consumidor.

"O que nós, de facto, esperamos é que o preço se mantenha estável para o consumidor. Não haverá grandes oscilações e algum ajuste será sempre pouco significativo", considera.

Comentários
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  • Digo
    15 dez, 2023 Eu 13:30
    Subida de preços imediata = Redução de compras imediata
  • Joaquim Correto
    15 dez, 2023 Paços 09:35
    ...tal como a redução do consumo!

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