15 nov, 2023
Começamos pela mais antiga. Aquela que registámos no domingo à noite quando o treinador Roger Schmidt, no estádio da Luz, no pós-jogo Benfica-Sporting, procurou enxovalhar um jornalista respondendo a uma pergunta legítima sobre se teria considerado melhor o resultado do que a exibição da equipa de que é treinador no derby da noite, insinuando que o referido jornalista deveria ser adepto do Futebol Clube do Porto ou do Sporting Clube de Portugal.
Schmidt treina o clube português de mais elevado prestígio nacional e internacional, mas não deixa, por isso, de ser um estrangeiro a trabalhar em Portugal, onde é altamente remunerado sem que tenha sido enxovalhado, como pretende a direcção benfiquista ao fazer a sua destrambelhada defesa.
O técnico germânico não ousaria tal imbecilidade, seguramente, fazendo a mesma pergunta em qualquer estádio do seu país de origem, nem tampouco da Holanda ou da Áustria, outros dois países em que já treinou, com pouco sucesso, recorde-se.
O Sindicato dos Jornalistas e o CNID - Clube Nacional da Imprensa Desportiva - já tomaram posição pública sobre a aleivosia do treinador germânico, pelo que não é necessário acrescentar algo às alegações de ambos.
O que vale a pena é recordar a Schmidt que deve respeitar, se também quer ser respeitado.
Já basta que continue a entender que não deve fazer esforços para falar a língua de Camões, apesar de já permanecer entre nós há cerca de um ano e meio.
O outro acontecimento marcado pela imbecilidade aconteceu no Dragão Arena, no Porto, onde alguns desordeiros impediram que se cumprisse a ordem de trabalhos de uma Assembleia Geral convocada para alterar os estatutos do clube dos Dragões.
A noite de segunda-feira ficará como uma das mais negras da história de um clube prestigiado,
que não deveria passar por momentos tão condenáveis, originados pela deficiente capacidade organizativa que ficou à vista durante mais três horas.
O Futebol Clube do Porto, clube centenário, com uma vida marcada por tão grandes quanto importantes vitórias, merece que na próxima segunda-feira tudo decorra de forma contrária, e que, se necessário, os desordeiros não tenham de novo entrada no palco dos trabalhos da próxima assembleia.