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Opus Dei. Suspeitos dos cinco casos de abusos já não estão na organização

15 abr, 2023 - 18:41 • Diogo Camilo

As cinco denúncias visam dois professores do Colégio Planalto, em Lisboa, um leigo, monitor de um centro de tempos livres, um médico e um padre que “não foi possível identificar”.

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O Opus Dei revelou esta sexta-feira que quatro dos cinco suspeitos envolvidos casos de alegados abusos sexuais já não estão nas instituições a que estavam ligados, não tendo sido possível identificar um dos suspeitos visados.

Em comunicado, o Opus Dei indica que contactou a Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais contra Crianças na Igreja Católica para a "recolha de informações", com o objetivo de agir no apoio às vítimas e na "reparação do mal cometido" e "prevenção radical de qualquer possibilidade de situação similar".

Entre as cinco denúncias visando elementos de instituições ligadas à organização estão dois professores do Colégio Planalto, em Lisboa, um leigo, monitor de um centro de tempos livres, um médico e um padre que “não foi possível identificar”.

Este último caso diz respeito a um clérigo que terá feito "perguntas consideradas impróprias numa confissão, sentidas como intrusivas, nas instalações do Colégio Planalto", por volta do ano 2000.

Um dos casos foi conhecido há cerca de três anos, com a vítima a ter relatado que recebeu numa ocasião "toques impróprios" por parte de um dos monitores durante uma atividade de tempos livres de uma das instituições para rapazes a que a Prelatura presta assistência pastoral, por volta do ano de 1997.

O caso foi notificado pela instituição ao Ministério Público, que decidiu arquivar o caso. Uma investigação interna não foi conclusiva e o Opus Dei refere que, apesar do acusado se declarar inocente, adotou a medida preventiva de não realizar atividades da Prelatura com jovens.

Os outros três casos dizem respeito a situações ocorridas no Colégio Planalto, cuja direção entrou em contacto com pais e encarregados de educação relativamente às denúncias e irá pedir aos antigos alunos que contactem os responsáveis em caso de terem sido vítimas ou terem conhecimento de casos de abuso

No comunicado, o Opus Dei manifesta solidariedade com as vítimas e o "desejo de contribuir para superar feridas e compensar os danos causados".

"É profunda a tristeza pela ocorrência destas situações, e é devida uma palavra de reconhecimento às pessoas que falaram, esperando que isso tenha significado um passo bom na recuperação das suas vidas."

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