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Operação Pretoriano. Fernando Madureira e funcionário do FC Porto detidos

31 jan, 2024 - 09:15 • Raul Santos , João Malheiro , Eduardo Soares da Silva , Daniela Espírito Santo

Há 12 detidos. Ameaça agravada, ofensas à integridade física e atentado à liberdade de informação entre os crimes sob suspeita. Encontrada droga, arma de fogo e milhares de euros.

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Fernando Madureira detido pela PSP
Veja a reportagem no local da jornalista Ana Fernandes Silva

Fernando Madureira, líder da claque do FC Porto "Super Dragões", foi detido esta quarta-feira pela PSP, apurou a Renascença junto de fonte judicial.

Em comunicado, a Procuradoria-Geral Distrital do Porto refere que há pelo menos 12 detidos no âmbito da Operação Pretoriano, ocorrida no Grande Porto esta quarta-feira, mas não identifica nenhum suspeito, adiantando apenas que se trata de uma mulher e 11 homens.

"Está em causa a prática dos crimes de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo ou em acontecimento relacionado com o fenómeno desportivo, coação agravada, ameaça agravada, instigação pública a um crime, arremesso de objeto ou de produtos líquidos e atentado à liberdade de informação", lê-se.

Segundo a CNN Portugal, entre os detidos estarão, também, Fernando Saul, oficial de ligação aos adeptos do FC Porto e 'speaker' do Estádio do Dragão, Vítor Catão, conhecido adepto do clube e ex-dirigente do São Pedro da Cova, e Sandra Madureira, esposa do líder da claque portista.

A "CMTV" acrescenta que há um segundo funcionário do FC Porto detido. Tiago Aguiar, um dos envolvidos nos desacatos na Assembleia-Geral do FC Porto em novembro, trabalhará no departamento de futebol do clube.

Foram realizadas 11 buscas domiciliárias "na área metropolitana do Porto". Em comunicado, a Polícia de Segurança Pública adianta que foram apreendidos três automóveis, "cocaína e haxixe", uma arma de fogo e "vários milhares de euros".

Para além disso, também foram recolhidos pelas autoridades "artefactos pirotécnicos", "mais de uma centena de ingressos para eventos desportivos" e equipamentos eletrónicos.

A investigação, adianta o comunicado, foi iniciada ainda no ano passado, "na sequência dos factos ocorridos a 13 de novembro", durante a Assembleia Geral Extraordinária do FC Porto, com o objetivo de "devolver às instituições e aos cidadãos a sua liberdade de decisão e, promover ainda, que o sentimento de impunidade e insegurança seriam restaurados no âmbito desta realidade desportiva e não só".

O Ministério Público (MP) tinha instaurado um inquérito às agressões que ocorreram na Assembleia Geral Extraordinária do FC Porto.

André Villas-Boas, candidato às eleições, já tinha pedido que o Ministério Público investigue as agressões de uma "guarda pretoriana".

A AG estava inicialmente marcada para uma sala no interior do Estádio do Dragão, mas o inesperado número de sócios levou o evento para o Dragão Caixa. A AG ficou marcada por desacatos e agressões entre sócios.

[Notícia atualizada às 14h48 de 31 de janeiro de 2024]

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