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Caso Global Media Group. Sindicato dos Jornalistas pede intervenção da PGR

05 jan, 2024 - 08:30 • Redação

O Sindicato alerta para “indícios de matéria com relevância penal que merecem ser investigados", manifestando solidariedade com os trabalhadores do Global Media Group.

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O Sindicato dos Jornalistas (SJ) vai entregar na manhã desta sexta-feira uma participação à Procuradoria-Geral da República (PGR). Pede-se que sejam investigadas as situações relacionadas com o Global Media Group (GMG), que tem um processo de rescisões a decorrer até 10 de janeiro.

Em comunicado divulgado esta manhã o SJ, considera que “existem indícios de matéria com relevância penal que merecem ser investigados” e que é necessária a intervenção da PGR “num assunto que é sensível para a democracia e a garantia de direitos e liberdades”.

“Na defesa dos superiores interesses dos jornalistas do GMG, do jornalismo e da importância que este grupo tem no espaço mediático, consideramos que é nossa obrigação suscitar a ação da PGR num assunto que é sensível para a democracia e a garantia de direitos e liberdades”.

Através desta ação, o Sindicato espera que sejam investigadas as “burlas”, a “gestão danosa” e os “procedimentos à margem da lei” referidos por José Paulo Fafe, presidente da Comissão Executiva (CE) do GMG. Já na passada terça-feira, 2 de janeiro, através de um texto publicado numa ‘newsletter’ interna a que a Lusa teve acesso, a Comissão Executiva do Global Media Group também acusou os outros acionistas de protagonizarem “situações que, além de legalmente incompatíveis, foram claramente ética e moralmente condenáveis".

Na nota divulgada esta sexta-feira, o SJ manifesta ainda solidariedade com os trabalhadores do GMG, que esperam ainda o pagamento do salário de dezembro e do subsídio de Natal.

"Estamos em diálogo constante com os delegados sindicais dos "Jornal de Notícias", da "TSF", do "Diário de Notícias" e do desportivo "O Jogo" e solidários com a difícil situação que estão a viver", refere ainda o comunicado do Sindicato.

A GMG comunicou, a 6 de dezembro, a necessidade de negociação urgente da rescisão com 150 a 200 trabalhadores e o avanço de uma reestruturação para evitar "a mais do que previsível falência do grupo". Mais tarde, a 28 de dezembro foi comunicado aos trabalhadores a falta de condições para pagar os salários do mês de dezembro, salientando a situação financeira “extremamente grave”.

O programa de rescisões termina a 10 de janeiro, dia em que foi convocada uma greve pelas redações do Diário de Notícias (DN), Jornal de Notícias (JN), TSF e O Jogo.

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