A+ / A-

Incêndios 2017

Seis anos depois, Pedrógão Grande continua sem comunicações móveis

27 jun, 2023 - 07:49 • Hugo Monteiro , Olímpia Mairos

Presidente da República e Governo vão esta terça-feira inaugurar memorial de homenagem às vítimas do grande incêndio que atingiu a região em 2017.

A+ / A-

Seis anos depois do incêndio de Pedrógão Grande, continua a não haver rede de telemóvel em muitas localidades da região.

O alerta é da Associação de Vítimas que assume preocupação com os muitos idosos que vivem isolados e que, numa emergência, poderão não ter capacidade de fazer uma chamada telefónica a pedir socorro.

No dia da inauguração oficial do memorial de homenagem às vítimas dos fogos de 2017, Dina Duarte deixa um apelo na Renascença:

“Que as redes de telemóveis, que as redes móveis, funcionem na casa dos meus vizinhos, que são mais idosos e que se precisarem do SOS, é bom que o telemóvel tenha rede.”

A presidente da Associação de Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande diz-se preocupada, porque “a população é cada vez mais envelhecida e obviamente é necessário que as telecomunicações funcionem”.

Dina Duarte lamenta que a associação “continue a reclamar e do outro lado parece que é tudo surdo. É que ninguém ouve. É um suplício”. “Como é que é possível não ter rede dentro de casa?”, questiona e exemplifica: "neste momento, para estar a falar [ao telemóvel] com a Renascença, eu estou num local que eu sei que, à partida, tenho rede. Porque, se eu me mexer meio metro ou um metro, se calhar perco a rede. Isto não pode ser uma realidade”.

“Inclusivamente, às vezes, comentamos uns com os outros que parece até que está pior do que 2017”, conclui a responsável.

Depois da polémica sobre as ausências no passado dia 17 de junho, Presidente da República e Governo vão estar esta terça-feira na abertura oficial do memorial de homenagem às vítimas do incêndio de Pedrógão Grande. A presidente da Associação de Vítimas lamenta o “frenesim” sobre essas ausências. Dina Duarte diz que “para homenagear os que partem, nunca é tarde” e que “quem estiver está. Quem não estiver, não está. O que importa é que os que estejam, o façam de coração”.

A presença do chefe de Estado está, no entanto, condicionada pela “hora de chegada de Palermo”, em Itália, onde Marcelo participa hoje na reunião da COTEC Europa.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+