Este ano já foram mortas 25 mulheres em Portugal. A violência sexual baseada em imagens é um fenómeno em crescendo e cerca de 90% dos "deepfakes" são de mulheres.
"A violência doméstica é um crime público. A questão não é a lei, é a aplicação da lei. É a forma como o sistema judicial a aplica", afirma Ilda Afonso, da União de Mulheres Alternativa e Resposta.
Irmã Júlia Bacelar, pioneira no acolhimento de vítimas de violência, fala nas escolas sobre violência no namoro e conta que jovens "consideram que é uma coisa normal, por exemplo, dar quatro estalos na namorada”.
Segundo o Observatório das Mulheres Assassinadas da União de Mulheres Alternativa e Resposta 25 mulheres foram assassinadas em Portugal entre o início do ano e 15 de novembro.
Nos femicídios registados, todos cometidos por homens e parceiros íntimos (atuais ou passados) das mulheres assassinadas, "em pelo menos 12 existia violência prévia".