Fotogaleria. Londres começa a longa despedida de Isabel II

Esta quarta-feira, até os aviões da capital ficaram em silêncio para o cortejo fúnebre da Rainha Isabel II. Filhos e netos da monarca, assim como milhares de britânicos nas ruas, acompanharam a procissão entre o Palácio de Buckingham e Westminster.

14 set, 2022 - 19:00 • Pedro Valente Lima com Lusa



Foto: Danny Lawson/Pool via Reuters
Foto: Danny Lawson/Pool via Reuters

Milhares de britânicos despediram-se da Rainha Isabel II esta tarde. O cortejo fúnebre partiu às 14h20 da residência oficial da família real britânica em direção ao parlamento do Reino Unido, onde permanecerá até à próxima segunda-feira.

Ao longo do percurso, formaram-se multidões de pessoas que esperaram várias horas para poder ter uma boa posição junto às barreiras metálicas. A cada minuto da procissão, foram disparadas salvas de canhão em Hyde Park, que se podiam escutar ao fundo.

O silêncio que se fazia 'ouvir' muito se deveu, inclusivamente, ao adiamento e cancelamento de vários voos do aeroporto de Heathrow.


Foto: Tolga Akmen/EPA
Foto: Tolga Akmen/EPA
Foto: EPA
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O Rei Carlos III e os filhos, os príncipes William e Harry, caminharam atrás do caixão, transportado numa carruagem de artilharia, juntamente com os outros filhos de Isabel II, Ana, André e Eduardo.

Entre os membros da família real presentes, encontravam-se ainda o marido da princesa Ana, Tim Laurence, e o filho, Peter Phillips, o primo e o sobrinho da Rainha, Príncipe Ricardo e David Armstrong-Jones, respetivamente.

A Rainha consorte, Camilla, a Princesa de Gales (esposa de William), Kate Middleton, a Condessa de Wessex (esposa de Eduardo), Sofia, e a Duquesa de Sussex (esposa de Harry), Meghan Markle, seguiram de carro.

O caixão de Isabel II foi também acompanhado por militares e vários funcionários que trabalhavam para a Rainha.


Foto: Yoan Valat/EPA
Foto: Yoan Valat/EPA
Foto: Nuno Veiga/Lusa
Foto: Nuno Veiga/Lusa


O corpo chegou ao Palácio de Westminster pelas 15 horas, onde repousará no famoso Westminster Hall, salão da parte mais antiga do edifício onde funciona o parlamento britânico, cujas origens remontam ao século XI.

O Arcebispo de Cantuária, Justin Welby, celebrou uma curta missa para o Rei e a restante família real antes de o espaço ter sido aberto ao público às 17h00 desta quarta-feira.

O caixão, fechado e coberto pelo estandarte real e pela Coroa Imperial do Estado, esfera e ceptro, ficará nos próximos cinco dias sobre uma plataforma elevada, conhecida como catafalco, e guardado continuamente por soldados de regimentos militares que servem o Rei.

O salão vai estar aberto 24 horas por dia até às 6h30 de segunda-feira, data do funeral.


Foto: Jacob King/Pool via Reuters
Foto: Jacob King/Pool via Reuters

Nos próximos dias, são esperadas 400 mil pessoas para visitar a urna de Isabel II e prestar uma última homenagem. Face à elevada afluência, as autoridades planearam uma fila de seis quilómetros, o que poderá implicar esperas de 30 horas para ver a Rainha.

O trajeto delineado será acompanhado por mais de mil voluntários, além de contar com postos de socorro médico e mais de 500 casas de banho portáteis.

O último membro da família real a ficar em câmara ardente no Salão de Westminster foi a Rainha Mãe, em 2002, quando cerca de 200 mil pessoas fizeram fila para ver o caixão ao longo de três dias.

O Reino Unido cumpre atualmente um período de luto nacional na sequência da morte de Isabel II, que morreu aos 96 anos em 8 de setembro, após mais de 70 anos de reinado, o mais longo da história do Reino Unido.

O funeral da monarca está marcado para as 11h00 de segunda-feira, 19 de setembro, na Abadia de Westminster.


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