Coronel Carlos Penha Gonçalves avançou na comissão parlamentar de Saúde que foram administradas cerca de 27 milhões de doses. Mais de 10 milhões foram doadas ou revendidas, enquanto 3,5 milhões ficaram inutilizadas por ter passado o prazo de validade.
O bastonário da Ordem dos Médicos (OM), Carlos Cortes, considerou hoje "completamente incompreensível e inexplicável" a falta de vacinas, considerando que demonstra "alguma negligência no tratamento desta questão" por parte das entidades responsáveis.
A resposta do gabinete de Manuel Pizarro surge na sequência das declarações à Renascença de Gustavo Tato Borges, dando conta que a compra de vacinas estaria à espera de luz verde do Ministério de Fernando Medina, há mais de seis meses.
Atualmente, 24 países registam casos de cólera e, de acordo com a OMS, a doença pode espalhar-se para 43 nações, colocando mil milhões de pessoas em risco.
No Explicador Renascença desta tarde vamos falar de vacinas.Há pais que não conseguem vacinar os filhos na data prevista, há quem tenha de esperar mais de um mês, mas o Ministério da SSaúde diz que são apenas falhas pontuais.
Prazo de validade motivou desperdício, que, ainda assim, tem sido dos mais baixos a nível europeu. De maneira a aproveitar o excedente, Portugal já doou mais de oito milhões de vacinas.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância especificou que a opinião sobre a relevância das vacinas para as crianças baixou mais de um terço na Coreia do Sul, Papua Nova Guiné, Gana, Senegal e Japão.
O último centro municipal de vacinação contra a Covid-19 a funcionar em Lisboa estava instalado na Comunidade Hindu de Portugal e encerrou na passada sexta-feira, indica CML.