Ministério da Solidariedade avança com testes nos lares, apesar das reservas do secretário de Estado da Saúde e do coordenador da “task force” para a vacinação.
Objetivo do estudo é "aumentar o conhecimento científico" sobre a duração da imunidade da vacina nos idosos e nos funcionários, estando no plano de fundo a hipótese cada vez mais falada de uma terceira dose.
Um mês depois de as autoridades de saúde terem anunciado a testagem em massa à Covid-19, a medida continua sem estar em prática. "Centralizar isto tudo numa única entidade que está em Lisboa e não conhece as realidades locais tem tudo para correr mal", aponta o vice-presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública.
A medida da testagem em massa foi anunciada há um mês, mas unidades de cuidados continuados ou locais de maior risco continuam sem fazer testes de rastreio de 14 em 14 dias, como previsto desde 15 de fevereiro.
Ouvidos pela Renascença, os grupos Unilabs e Germano de Sousa garantem ter “capacidade” para aumentar testagem. Direção-Geral da Saúde está a preparar uma nova estratégia que deverá ser apresentada ainda esta semana.
A ministra da Saúde, que falava após um encontro com a “task force” responsável pelo plano de vacinação, explica que está em curso uma avaliação técnica à alteração desses critérios.
Estudo revela ainda que a percentagem de contágios foi mais elevada nos jovens. O vice-diretor do Instituto de Medicina Molecular diz que valor demonstra a importância da vacinação.
Um artigo de opinião publicado esta terça-feira no Barómetro Covid-19 da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) da Universidade Nova, recomenda que sejam alargados os critérios para testagem à covid-19 aos sintomas ligeiros e que seja montada uma nova estratégia de comunicação para a população.