Governos estrangeiros e a ONU têm condenado as crescentes restrições impostas às mulheres no Afeganistão desde que os talibãs retomaram o poder no país há dois anos.
Desde a tomada do poder pelos talibãs no Afeganistão, em agosto de 2021, as mulheres foram excluídas de cargos políticos e da maioria dos empregos no setor público.
Entre as vítimas do atentado de 26 de agosto de 2021, incluem-se 13 soldados norte-americanos, que protegiam um dos portões do aeroporto de Cabul numa altura em que multidões de afegãos tentavam abandonar o país, depois de os talibãs terem tomado o poder.
Lojas passam a exibir manequins femininos com rostos tapados ou até “decapitados”. É a mais recente regra do regime talibã para diminuir a presença das mulheres, ou neste caso de objetos que as evoquem, nas ruas do Afeganistão.
Volker Turk considera que o aumento das restrições dos direitos das mulheres prejudicará todos os afegãos, aumentará o seu sofrimento e impedirá o desenvolvimento do país.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 apelaram ao regime talibã para inverter a decisão de proibir as mulheres de estudarem na universidade e de banir as raparigas do ensino secundário.
A organizadora da marcha de protesto, Basira Hussaini, diz que a ação terminou abruptamente porque as "forças de segurança talibã e os polícias dispersaram a manifestação de forma violenta", tendo torturado e detido algumas das participantes.