Associação de defesa do consumidor vai enviar pacote ao Governo e aos grupos parlamentares. "Desde setembro a esta parte estamos a verificar que as famílias estão a conseguir suportar estas primeiras revisões do crédito", alerta Natália Nunes.
Em 2021, as famílias em dificuldades gastaram, em média, 860 euros por mês em créditos, para um rendimento de 1.100 euros. Desemprego, precariedade e perda de salário representam 80% dos 30 mil pedidos de ajuda.
As vantagens do orçamento, as consequências do incumprimento e o recurso ao tribunal são alguns dos temas abordados no documento agora lançado e disponível também em pequenos vídeos no YouTube.
Há quem tenha ficado sem capacidade de pagar o essencial, diz à Renascença a coordenadora do Gabinete de Proteção Financeira da Deco. As moratórias foram balão de oxigénio para muitas famílias, mas adivinham-se tempos ainda mais difíceis.
A degradação das condições de trabalho é agora o principal motivo para o endividamento. A Deco já recebeu 26.200 pedidos de ajuda de famílias este ano.