Escutar o grito dos que sofrem e tê-los como principal referência da ação é o desafio proposto pelo programa pastoral para a diocese de Angra, no próximo ano pastoral, o terceiro da caminhada sinodal.
Presidente da Cáritas Portuguesa diz que número de pessoas a precisar de ajuda aumentou durante a pandemia. A instituição apoia agora cerca de 130 mil pessoas e Rita Valadas receia que o pior ainda está por vir.
Rita Valadas, presidente da Direção da Cáritas Portuguesa, avisa que a crise social ainda está para chegar e, assumindo o seu receio pela gestão dos milhões do Plano de Recuperação e Resiliência, avisa que distribuir dinheiro não resolve as situações de pobreza.
A presidente da Cáritas espera que o dinheiro do PRR seja bem aplicado em medidas concretas de combate à pobreza, que tenham em conta o país real. Para Rita Valadas, os apoios dados pelo Governo na pandemia “almofadaram” o impacto da crise, mas não a evitaram, e “o pior ainda não chegou”.
A presidente da Cáritas espera que o dinheiro do PRR seja bem aplicado em medidas concretas de combate à pobreza, que tenham em conta o país real. Para Rita Valadas, os apoios dados pelo Governo na pandemia “almofadaram” o impacto da crise, mas não a evitaram, e “o pior ainda não chegou”.
Os números da Comissão Nacional Justiça e Paz revelam "um aumento de 25% da taxa de pobreza e um aumento da desigualdade de 09%", o que deixa Portugal "entre os cinco países da União Europeia com maior risco de pobreza".
Responsável da Sol Sem Fronteiras diz que a pandemia obrigou a repensar e reagendar projetos, mas não interromperam os que já tinham a decorrer, e o número de voluntários até cresceu. Inês Souta diz que a preocupação da ONGD, ligada aos missionários Espiritanos, tem sido não abandonar nem deixar ninguém para trás, porque quem era vulnerável “agora ainda está mais”. E desafia quem ainda não fez voluntariado a arriscar, porque “qualquer que seja o talento ou tempo para dar, há de sempre ser útil”.
As carências habitacionais da Área Metropolitana de Lisboa não são novas, mas a Covid-19 veio agravá-las. Há famílias em que o emprego desapareceu, deixaram de poder pagar a casa, e uma barraca foi a forma de sobreviver. Em Loures, pelo menos 20 foram construídas no bairro do Talude Militar, mas a associação Habita diz que há muitos mais casos na região.
Aproveitam-se do desespero dos que ficaram sem casa por causa da crise económica, que está a chegar com a covid-19, para os aliciar com uma nova habitação abarracada a troco de poucos milhares de euros. A autarquia já identificou dezenas de moradias nestas condições e quer pôr fim a esta ilegalidade.