Não é este aumento que vai resolver o problema da falta de médicos no SNS, mas sim "investir" na "capacidade de atração", afirma o bastonário da Ordem dos Médicos.
A "nomenclatura 'grupo O' foi erradamente popularizada entre os portugueses", relembra diretor do Departamento de Hematologia do Instituto Português de Oncologia de Lisboa.
Em muitos casos "os cursos são dados online". A situação é grave, pode originar diagnósticos incorretos ou exames e tratamentos desnecessários, e até pôr em risco a vida dos doentes, alerta a Ordem dos Médicos.
Antigo bastonário da Ordem dos Médicos, recém-eleito deputado pela AD, admite que, para uma eventual revogação da lei, "basta que seja agendado por algum dos partidos políticos”. Federação Portuguesa pela Vida diz não ver outra possibilidade: "Esta lei só está viva por obstinação legislativa."
Projeções do Ministério da Saúde apontam para que a falta de médicos de família comece a atenuar-se já no próximo ano e que, a partir de 2026, haja excesso destes profissionais.
O objetivo do grupo de trabalho é "elaborar uma proposta para enquadramento e valorização da medicina interna no sistema de saúde, nomeadamente através de uma redefinição do perfil do médico internista, da atualização do programa de formação da especialidade, que aguarda aprovação da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) desde 2018, e da definição das necessidades globais dos serviços de medicina, inclusive em termos de recursos humanos".
Para saber "se tem ou não de intervir nesta matéria", a Ordem dos Médicos precisa de conhecer "os factos: se e houve efetivamente ou não baixa médica e, havendo baixa médica, qual foi o enquadramento dessas baixas".