Alípio Ribeiro, antigo diretor da Polícia Judiciária, critica as hierarquias de investigação pela ausência de análise e de aprendizagem com os casos que correm mal. Fala em investigações feitas de “estados de alma” e de “voyeurismo”. Uma análise da justiça de Alípio Ribeiro em entrevista à Renascença, numa altura em que o Parlamento discute o estado da nação, o último debate em plenário antes das férias de verão.
Procuradores Rosário Teixeira e Vítor Pinto qualificam de absurda a versão dos factos que o juiz remeteu para julgamento no despacho instrutório que proferiu a 9 de abril passado.
Na origem deste processo estão contraordenações imputadas pela CMVM por aplicações de tesouraria realizadas pela PT na Espírito Santo International e na Rioforte nos anos de 2012 a 2014. Ex-administradores Zeinal Bava, Henrique Granadeiro, Pacheco de Melo e Morais Pires recorreram da decisão para o Tribunal da Concorrência.
Pedro Santos Guerreiro comenta a condenação de Armado Vara no processo Marquês. "Parece que a justiça está a arrumar a secretária antes das férias", afirma. O jornalista espera que não fique a sensação de que Armando Vara é o único a ter um desfecho nos casos judiciais.
Antigo líder da PT falava como testemunha no julgamento do processo separado da Operação Marquês, no qual Ricardo Salgado responde por três crimes de abuso de confiança.
Depois de dois adiamentos no ínicio do mês passado, espera-se que esta terça-feira comece, no Campus de Justiça, em Lisboa, o julgamento do ex-homem forte do BES. Confira tudo em sete perguntas e sete respostas.
Ricardo Salgado começa, esta terça-feira, a ser julgado por três crimes de abuso de confiança. A defesa do ex-banqueiro tentou travar o início do julgamento por quatro vezes. Apesar de negar a acusação da decisão instrutória, o ex-dirigente do BES aceita pagar para arquivar o caso. Segundo Ivo Rosa, os três crimes terão rendido ao ex-banqueiro 10 milhões de euros, mas os advogados de Salgado defendem que o ex-Dono Disto Tudo já restituiu sete milhões de euros.