Companha aérea dá o dito pelo não dito e saúda agora a escolha do Governo para a localização do novo aeroporto em Alcochete. Ainda assim, alerta que é preciso precaver uma solução no curto prazo.
Partido Comunista vai ouvir, na audição pública desta sexta-feira, autarcas, sindicatos e ordens profissionais sobre os investimentos anunciados pelo Governo.
Na opinião de Rosário Partidário, se houver planeamento da construção, envolvendo todos os atores que têm relevância para o desenvolvimento do projeto, o novo aeroporto "não vai levar muito tempo a construir".
Segundo a EUROCONTROL, Lisboa chegará no máximo a 50 milhões de passageiros por ano. A projeção CTI de 108 milhões feita por uma empresa sem expertise aeronáutica indicia fortemente uma ficção, pelo que terá de ser certificada por uma entidade que, inegavelmente, tenha a expertise do setor.
Comunistas querem Miguel Pinto Luz, Infraestruturas de Portugal, ANA Aeroportos e Vinci na comissão de economia. Nas jornadas parlamentares, o PCP decidiu avançar com uma proposta para a criação de um plano de emergência para a AIMA e projectos de lei para combater a precariedade laboral.
Paulo Batista Santos sustentou que o Governo deve olhar para esta região e lembrou que o futuro aeroporto contempla "um investimento global do país de 12,6 mil milhões de euros", incluindo também uma nova travessia sobre o Rio Tejo e a linha de alta velocidade (LAV) Lisboa-Madrid. "Seremos a única região do país [Centro] que não terá uma infraestrutura aeroportuária e entendemos que deve haver medidas de compensação", defende.
Presidente da Associação Comercial do Porto sempre foi um confesso defensor da solução Portela+Montijo. Perante o amplo consenso político em torno de Alcochete, Nuno Botelho elogia a opção do Governo, que seguiu as recomendações da Comissão Técnica Independente, pondo termo a mais de 50 anos de indecisão.