Devido à situação pandémica, o Museu do Holocausto do Porto encerra a partir de dia 15 de dezembro e até fevereiro ou março. Em comunicado, aquela instituição esclarece que o museu só voltará a reabrir “quando as circunstâncias o permitirem”.

É o primeiro museu a fechar portas nesta nova vaga de pandemia. O diretor justifica esta decisão com os “frequentes ajuntamentos de escolas e outros visitantes” no espaço do museu. Segundo Michael Rothwell, devido ao agravamento da situação de saúde pública, não desejam “manter o museu aberto até à reabertura da sociedade."

Inaugurado em abril deste ano, em plena pandemia, o Museu do Holocausto do Porto já recebeu um total de 35 mil visitantes até hoje. Com entrada gratuita, “o seu é esmagadoramente constituído por adolescentes que ali se deslocam em grupos ou em visitas escolares”, diz o comunicado do museu.

Recentemente, a 26 de novembro, foi prestada uma homenagem a todas as vítimas do Holocausto. Perante duas centenas de adolescentes de escolas de Matosinhos e Vila Praia de Âncora, o Observatório Internacional de Direitos Humanos (OIDH) lembrou a memória dos milhões de judeus mortos.

O presidente do OIDH, Luís Andrade, considerou que "o evento inseriu-se num cordão mundial de solidariedade pela paz universal e por um mundo melhor para a Humanidade”.

Criado pela Comunidade Judaica do Porto, o museu retrata, entre outras coisas, a vida judaica antes do Holocausto, o Nazismo, os campos de concentração, a população Judaica no Pós-Guerra e a Fundação do Estado de Israel.

Tutelado por membros da Comunidade Judaica do Porto cujos familiares foram vítimas do Holocausto, o museu, único na Península Ibérica, inclui no seu percurso de visita por exemplo, uma reprodução dos dormitórios de Auschwitz e dois rolos da Torá oferecidos à sinagoga do Porto por refugiados que passaram pela cidade.