Investigadores do Japão e da Austrália anunciaram esta quinta-feira que fizeram progressos no desenvolvimento de uma análise ao sangue que poderá ajudar os médicos a detetar quem vai sofrer da doença de Alzheimer.

No estudo publicado na revista “Nature", os cientistas adiantam que o teste, que permite detetar a proteína beta-amilóide ligada à doença de Alzheimer, conseguiu mais de 90% de precisão na investigação que envolveu cerca de 370 pessoas.

No entanto, os cientistas alertam que vai ser necessário continuar a investigação.

“Temos de andar antes de correr. Precisamos de conseguir diagnosticar a doença antes ainda de ser possível observar um efeito de uma intervenção terapêutica”, afirma Colin Masters, professor na Universidade de Melbourne.

Já Abdul Hye, do Instituto de Psiquiatria, Psicologia e Neurociências do King’s College de Londres, sublinhou que o teste ainda está longe de poder ser usado na prática clínica. “A abordagem para a obtenção dos resultados ainda é muito complicada na sua forma atual, por isso a metodologia não é prática para usar num cenário clínico”, afirmou.

Mais de 50 milhões de pessoas em todo o mundo são afetadas por demência, sendo a doença de Alzheimer a sua forma mais comum.