Na ilha de São Miguel, e no estádio do Santa Clara, em Ponta Delgada, a formação da casa recebeu ali o Marítimo Sport Clube, seu parceiro de competição, ido da outra Região Autónoma, a da Madeira.

Não é propriamente sobre o jogo que nos queremos referir, porque esse decorreu por entre toda a normalidade e sem a presença de público como está estipulado pelas instâncias governamentais e de saúda.

Noutra ilha, na Terceira, e na povoação de Fontainhas, uma freguesia simpática, plena de beleza natural e encanto, o Grupo Desportivo das Fontinhas recebeu no estádio da Praia da Vitória a equipa continental do Estrela da Amadora em jogo integrado no calendário do Campeonato de Portugal, antiga terceira divisão.

Além do desafio em si, deparámo-nos com uma inesperada curiosidade, isto é, foi ali autorizada a presença de público, por decisão das autoridades locais de saúde.

Mais uma vez, foi evidente a falta de articulação existente entre as diversas entidades locais e a nacional, ficando assim por se compreender e aceitar aquilo que se passou neste último jogo.

Há muito tempo que a Liga de Clubes vem reclamando do Governo a presença de público nos estádios para assim atenuar o estrangulamento financeiro em que começam a estar mergulhadas muitas das nossas coletividades, mesmo aquelas que dispõem de melhor suporte. E, mais do que isso, reclamando em nome desse elemento essencial colorido tem faltado nos estádios portugueses.

Por razões de saúde essa autorização tem vindo a ser retardada, e tudo aponta para que não haja tão cedo uma decisão diferente.

E se obrigam os portugueses a compreender a medida, também não lhes podem ser oferecidas outras de cariz oposto, sendo urgente e necessário que todos se movimentem no mesmo sentido. Critério sem critério é que não!...