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A partir das orientações gerais da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), o Serviço Nacional de Acólitos teve a ideia de publicar "orientações ainda mais específicas para acólitos e sacristães, tendo em conta que as suas missões são também específicas", salienta o padre Luís Leal, diretor deste serviço.

Este guião foi preparado com o apoio da Comissão Episcopal de Liturgia e Espiritualidade e ainda com a ajuda de especialistas na área da saúde, nomeadamente, "um médico pneumologista que trabalha diretamente com doentes Covid, também um técnico superior de diagnóstico e terapêutica na área da cardiopneumologia que lida com doentes Covid e ainda um enfermeiro instrumentista, isto é, um enfermeiro que trabalha nos blocos operatórios".

O padre Luís Leal sublinha que "cada um dando a sua perspetiva ajudou a um bem comum, o que foi muito importante na elaboração destas orientações, tendo em conta algumas questões específicas que nos podiam passar despercebidas".

Com 32 pontos, o guião do Serviço Nacional de Acólitos indica os cuidados que os seus agentes pastorais devem cumprir antes, durante e depois da Eucaristia.

Por exemplo, "desde preparar as Alfaias, isto é, os instrumentos litúrgicos que são utilizados, também a proximidade com o sacerdote", é preciso ter em conta o distanciamento obrigatório.

Outros cuidados que os acólitos devem ter, especifica este responsável, é com "as Alvas, a forma de as vestir", a respetiva higienização e desinfeção das mãos. Que cada um "utilize apenas a túnica a si atribuída e não a partilhe" e a obrigatoriedade do uso de máscara e de luvas.

Fala-se ainda numa escala de serviço, para que "em cada celebração estejam apenas os acólitos indispensáveis ao serviço do Altar" e "privilegiam-se para o serviço, tanto quanto possível, os acólitos jovens e jovens adultos". E que se "evitem ao máximo as movimentações no presbitério".

O Serviço Nacional de Acólitos refere que para o cumprimento destas orientações é "necessária a devida adaptação às condições da igreja e do espaço sagrado" e que as normas “são meramente indicativas e de sugestão para este tempo de especial cuidado infecioso”.

O que se pretende com isto, diz o padre Luís Leal, é "celebrar com responsabilidade, celebração é para dar vida e continuarmos a viver celebrando os Mistérios da nossa fé".

Estas orientações foram "difundidas, antes de mais, por todos os delegados dos serviços diocesanos de acólitos das nossas 21 dioceses". Cabe a estes responsáveis "a responsabilidade de fazer chegar às comunidades paroquiais".