O Papa convidou as autoridades civis e eclesiásticas do Sudão do Sul para um retiro no Vaticano. O convite foi aceite e o encontro vai ter lugar esta quarta e quinta-feira. Marcam presença os líderes máximos das partes em conflito, o Presidente do país, Salva Kiir, e o líder da oposição, Riek Machar. O anúncio foi feito esta terça-feira pela Sala de Imprensa do Vaticano.

A ideia deste encontro partiu do arcebispo da Cantuária que apresentou a proposta ao Papa. Francisco aprovou a ideia e dirigiu os convites, numa tentativa de ajudar à implementação do acordo de paz no Sudão do Sul. No encontro vão estar também oito elementos da Conferência Episcopal do país.

De acordo com a nota do Vaticano, o encontro, de caráter "ecuménico e diplomático", pretende "oferecer por parte da Igreja uma ocasião propícia para reflexão e oração. bem como uma ocasião de encontro e reconciliação, num espírito de respeito e confiança, para aqueles que neste momento têm a missão e a responsabilidade de trabalhar por um futuro de paz e prosperidade para o povo do Sudão do Sul".

A nota acrescenta que o retiro terminará na tarde de quinta-feira, ocasião em que o Papá fará um discurso.

Em março deste ano, o Papa recebeu no Vaticano, o presidente da República do Sudão do Sul, Salva Kiir Mayardit, e manifestou o desejo de visitar o país.

A guerra no Sudão do Sul, que teve início em 2013, já provocou cerca de dois milhões de refugiados que vivem em países da região, como a Etiópia, Sudão, Quénia e República Democrática do Congo.