O Papa recebe, esta terça-feira, o Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, no Palácio Apostólico do Vaticano.

O encontro acontece no âmbito da primeira deslocação ao exterior do Presidente norte-americano, uma viagem de nove dias, iniciada na Arábia Saudita, com passagens por Israel, Palestina, Sicília e Bruxelas, onde participará na cimeira da NATO.

São notórias as divergências de pontos de vista entre os dois homens, nomeadamente em questões de carácter ambiental e de migrações, mas, na viagem entre Fátima e o Vaticano, após as celebrações a que presidiu na Cova da Iria, o Papa, confrontado com esse encontro, sublinhou que nunca faz "um juízo sobre uma pessoa sem a ouvir".

"É da nossa conversa que sairá alguma coisa. Eu direi o que penso e ele dirá o que pensa há sempre portas que não estão fechadas, é sempre passo a passo. A paz é artesanal, faz-se todos os dias”, antecipou, então, Francisco.

Apesar desta declaração, Francisco já produziu nestes quatro meses algumas críticas ao Presidente dos EUA, nomeadamente, em Fevereiro, na viagem de regresso do México ao Vaticano, quando afirmou que "uma pessoa que só pensa em fazer muros, seja onde for, em vez de fazer pontes, não é cristão", porque "isso não é do Evangelho”.

Antes, logo após a tomada de posse de Trump, em Janeiro, Francisco enviou uma mensagem ao novo Presidente, desejando que o líder dos Estados Unidos tome decisões “clarividentes” e atentas aos "pobres, os marginalizados e os necessitados".

No texto, o Papa recordava o compromisso dos EUA no “avanço da dignidade humana e da liberdade em todo o mundo” e, nessa altura, numa entrevista que concedeu, Francisco comentou a eleição de Trump, pedindo tempo por rejeitar ser um dos “profetas de calamidades".

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