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O Partido Socialista voltou a substituir a Aliança Democrática no primeiro lugar da Sondagem das Sondagens, depois de passar três dias em segundo lugar. Três sondagens consecutivas deram a liderança à AD, que acabou por ultrapassar os socialistas a 16 de fevereiro. Mas, após uma sondagem da Aximage que atribui ao PS 33,1% de intenções de voto, o PS regressou à posição cimeira.

A Sondagem das Sondagens é o agregador da Renasença que junta todos os estudos de opinião e gera estimativas, com vista às eleições legislativas de 2024.

Neste momento, a contar com a sondagem desta segunda-feira para o Jornal de Notícias, o Diário de Notícias e a TSF, o PS tem 28,7% das intenções de voto e a AD, 27,9% na Sondagem das Sondagens. Como as margens de erro estão sobrepostas quase na totalidade, o cenário é de empate técnico. Aliás, o empate técnico tem sido a única possibilidade desde o final de janeiro, quando a edição de 2024 da Sondagem das Sondagens foi publicada.

Este estudo não só colocou o Partido Socialista à frente da Aliança Democrática, como lhe dá uma vantagem de cerca de cinco pontos percentuais. Na Sondagem das Sondagens, isso resulta numa diferença de oito décimas.

Em entrevista à Renascença, Luís Aguiar-Conraria, presidente da Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho e consultor da Sondagem das Sondagens, sublinha que é muito cedo para ditar um resultado e frisa que a decisão estará do lado dos indecisos: "Com a percentagem de indecisos que temos, obviamente que o resultado tanto pode ir por um lado como para o outro".

Da mesma maneira que a Consulmark2 deu a vitória a AD nos quatro estudos que realizou, a Aximage deu sempre a vitória ao PS, seja contra a recente AD ou contra o PSD. Este padrão manifesta-se, pelo menos, nas dez sondagens feitas pela Aximage desde janeiro de 2023.

As últimas três sondagens que contribuíram para este resultado já se realizaram após o início dos debates televisivos, a 5 de fevereiro. Contudo, este estudo de opinião é pubblicado no dia do debate entre Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro, que disputam o voto que lhes poderá garantir o cargo de primeiro-ministro.

O PS regressa, assim, à tendência de estar à frente do principal oponente. Tal só não aconteceu a 16 de fevereiro e no início de dezembro, quando a coligação ainda não tinha sido anunciada e Marcelo Rebelo de Sousa formalizou a demissão do então primeiro-ministro António Costa.