De manhã com o Presidente, à tarde com o primeiro-ministro. O Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) deve ser a estrela desta sexta-feira, dia em que será divulgada a sua versão final com a qual o Governo quer transmitir a ideia de que ouviu os portugueses e atendeu a pelo menos algumas críticas.

Na versão final do PRR, a Cultura e o Mar entram para as prioridades. Mas o apoio às empresas também deve estar reforçado nesta versão, como já na segunda-feira avançou o ministro do Planeamento, Nelson Souza, em declarações à Renascença.

“Ainda temos em aberto, algumas ações destinadas a reforçar o apoio às empresas como preocupação transversal”, disse o ministro que nesta sexta-feira lidera a delegação governamental que vai apresentar o PRR a Marcelo Rebelo de Sousa.

A apresentação do PRR ao Presidente da República está marcada para as 10h30 e vai decorrer no Antigo Picadeiro Real do Palácio de Belém. Será, contudo, uma sessão fechada aos órgãos de comunicação social e a agenda do Presidente anuncia que “não há declarações”. Só será possível recolher imagem da chegada dos intervenientes e antes do início da apresentação.

A apresentação pública terá lugar à tarde e será feita pelo primeiro-ministro no Convento de São Francisco, em Coimbra, e transmitida pelas redes sociais.

Menos dinheiro para estradas, mais para as empresas

O PRR, que corresponde às prioridades da chamada “bazuca europeia”, foi posto em discussão pública a meio de fevereiro, com a Saúde e a Habitação a liderarem as prioridades.

No total, prevê a utilização de quase 14 mil milhões de euros de subvenções europeias, admitindo ainda o recurso a mais de dois mil milhões de euros de empréstimos. Na versão colocada em debate público, essas verbas estavam distribuídas por aquilo que o Governo chamou de 19 “componentes”.

Essa arrumação das verbas tem vindo a ser alterada em função dos contributos recebidos no debate público, mas, sobretudo, em função das reuniões com a Comissão Europeia. Entre essas alterações está uma nas verbas para a Habitação, como já avançava a secretária de Estado da Habitação em entrevista à Renascença e ao “Público”.

Nos últimos dias, o Governo teve reuniões com os partidos com representação parlamentar e foi à saída de uma dessas reuniões que o PCP divulgou que estavam a ser feitos cortes nos investimentos nas infraestruturas rodoviárias por pressão europeia.

Nos últimos dias, o Governo teve reuniões com os partidos com representação parlamentar e foi à saída de uma dessas reuniões que o PCP divulgou que estavam a ser feitos cortes nos investimentos nas infraestruturas rodoviárias por pressão europeia.