Morreu o General João de Almeida Bruno, militar de Abril, que esteve envolvido no Levantamento das Caldas, em março de 1974, e que foi alvo de uma tentativa de homicídio por parte da PIDE. Tinha 87 anos.

Almeida Bruno foi incorporado no Exército em 1952 e “serviu as Forças Armadas e o País ao longo de mais de quatro décadas, num percurso que culminou como Presidente do Supremo Tribunal Militar, entre 1994 e 1998, momento da sua passagem à situação de reforma", pode ler-se numa nota assinada pela ministra da Defesa, Helena Carreiras.

Também Marcelo Rebelo de Sousa, que é Comandante Supremo das Forças Armadas lamentou a morte do General Almeida Bruno, através de uma nota no site da Presidência, exprimindo o seu "respeito, admiração e amizade" e "apresentando as suas condolências à Família e ao Exército Português, que serviu com independência, sentido de missão e devoção integral".

Também o Exército emitiu uma nota de pesar pelo falecimento de Almeida Bruno, “por ter deixado de contar com um dos seus brilhantes servidores”.

Na nota, o Exército detalha os vários cargos desempenhados ao longo da sua carreira. Almeida Bruno foi “Comandante do Batalhão de Comandos da Guiné, Comandante da Academia Militar, Diretor da Arma de Cavalaria, Comandante-Geral da Polícia de Segurança Pública, Comandante da Região Militar do Sul, Inspetor-Geral do Exército, Chefe da Casa Militar do Presidente da República e Presidente do Supremo Tribunal Militar”.

“A vida e legado do General Almeida Bruno são, assim, razão de profundo orgulho para o Exército, pela carreira distinta de um dos seus mais brilhantes Soldados, motivo do maior respeito pela sua memória e fator de motivação para todos os que nele servem”, acrescenta o Exército.

O velório de Almeida Bruno realiza-se esta quinta-feira a partir das 15h00, na Capela da Academia Militar, em Lisboa.

A missa de corpo presente vai ser celebrada na sexta-feira, às 14h00. O funeral seguirá, depois, para o Cemitério do Alto de São João, em Lisboa, a partir das 15h00.