Veja também:


O diretor do Serviço de Infecciologia do Hospital Curry Cabral espera que sejam adotadas medidas adaptadas à realidade de cada região, ou seja, em função da evolução epidemiológica, que terão impacto a nível nacional sem necessidade de sacrificar as zonas onde os casos estão relativamente controlados.

A dois dias de se realizar um Conselho de Ministros extraordinário para definir novas estratégias de controlo da pandemia, Fernando Maltez defende que as medidas devem ser aplicadas de uma só vez e apenas nas regiões mais afetadas.

“Essas medidas devem ser aplicadas em pacote e não de uma forma gradual ou crescente. Esperam-se medidas que consigam reduzir a mobilidade das pessoas, que consigam evitar ajuntamentos, particularmente em espaços fechados - restaurantes, teatros etc - que evitem os eventos de massa”, defende.

O Governo deve procurar um ponto de equilíbrio “entre aquilo que é preservar a saúde pública e o que é preservar a situação económica das pessoas e do país”.

Nestas declarações à Renascença, o infecciologista insiste que os comportamentos individuais são, em última análise, o que determina a evolução dos casos.

“Se cada um tiver um comportamento respeitador daquilo que é o distanciamento social, o uso da máscara, a etiqueta respiratória, a higienização das mãos, o evitar a mobilidade, evitar os convívios familiares, se todos conseguirmos respeitar isso, provavelmente esse ponto de equilíbrio encontrar-se-á mais facilmente”, destaca.

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde já veio defender que as novas restrições para combater a pandemia no país serão a nível territorial e mais circunscritas, num modelo que ainda terá que ser estabilizado.

“E essas restrições serão com certeza ao nível mais dos territórios, para que outros territórios que não estão tanto sobre pressão possam respirar do ponto de vista económico e social”, admitiu António Lacerda Sales numa entrevista ao podcast ‘Política com Palavra’ do Partido Socialista.


Covid por regiões