Pelo menos dois manifestantes morreram e 20 ficaram feridos, este sábado, num protesto contra o golpe militar em Myanmar.
As forças de segurança utilizaram munições reais para dispersar centenas de pessoas saíram à rua em Mandalay, a segunda maior cidade do país, avançam fontes citadas pela BBC.
A manifestação juntou apoiantes de Aung San Suu Kyi, que foi detida pelos militares no início de fevereiro, e trabalhadores de um estaleiro naval em greve.
Os relatos de testemunhas no terreno indicam que os manifestantes arremessaram objetos e a polícia respondeu aos tiros e com gás lacrimogéneo.
Em 1 de fevereiro, o exército prendeu Suu Kyi, o Presidente Win Myint e vários ministros e dirigentes do partido governamental, proclamando o estado de emergência e colocando no poder um grupo de generais.
A ONU, a UE, os Estados Unidos, o Japão, a China, a França e o Reino Unido foram algumas das vozes internacionais que criticaram de imediato o golpe promovido pelos militares em Myanmar.
Nos dias seguintes, sucessivos protestos contra os militares ocorreram em várias cidades birmanesas e a tensão nas ruas tem-se mantido, apesar de a Junta Militar ter decretado a lei marcial.
Nas últimas semanas, mais de 350 políticos, representantes do Estado, ativistas e membros da sociedade civil, incluindo jornalistas, monges e estudantes, foram detidos em Myanmar, segundo o Conselho de Direitos Humanos da ONU.