O resultado dos testes que a empresa AstraZeneca tem feito com a vacina contra a covid-19 foram revelados este sábado pela farmacêutica. Os resultados revelam que duas voluntárias desenvolveram mielite transversa, uma doença neurológica. A vacina está a ser desenvolvida em parceria com a Universidade Oxford.

Os cientistas encontram-se reticentes porque o reguladores estão a ser pressionados pelos presidente dos EUA, Donald Trump. O presidente pede uma vacina antes das eleições, a 3 de novembro.

“Quem divulga estes protocolos parece estar a sentir alguma pressão pública para o fazer. É uma situação sem precedentes e a confiança do público é uma grande parte do sucesso deste esforço”, explica, ao The New York Times, a especialista design de testes clínicos para vacinas da Universidade da Flórida, Natalie Dean.

Os especialistas mostram-se preocupados, ainda, com o facto de a farmacêutica fornecer poucos dados sobre as duas voluntárias que apresentam sintomas neurológicos graves. O porta-voz da AstraZeneca, Michele Meixell, justificou que os dados não podem ser revelados, nesta fase, “devido à importância de manter a confidencialidade e a integridade dos voluntários”.

Cerca de 18 mil pessoas receberam a vacina da AstraZeneca até agora. A mielite transversal, doença que ambas sd voluntárias desenvolveram, é uma doença neurológica causada pela inflamação da medula espinhal e pode provocar défices motores bilaterais e sensoriais.

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