Mais de 170 dos cerca de 2.000 profissionais de saúde da Guiné Bissau já contraíram Covid-19, de acordo com um especialista da Organização Mundial da Saúde, que avisa que os hospitais estão próximos da rutura.

O pequeno país lusófono tem tido dificuldades em lidar com o alastramento do novo coronavírus, que já infetou mais de 1.400 pessoas, fazendo 15 mortos, segundo dados oficiais.

As autoridades já alertaram para o facto de haver falta de oxigénio para tratar os doentes mais graves.

“Os três principais hospitais em Bissau estão com salas cheias de doentes com Covid-19 e uma quebra nos serviços médicos essenciais”, disse esta terça-feira Joana Cortez, especialista da OMS que trabalha na Guiné, durante um seminário sobre o efeito da pandemia nos Países Africanos de Língua Portuguesa.

Segundo a especialista, 176 profissionais de saúde no país testaram positivo, o que corresponde a cerca de 9% da totalidade.

“A situação é caótica”, diz Cortez.

Segundo Tumané Baldé, que chefia a comissão interministerial para o combate à pandemia, a principal dificuldade para os médicos é a falta de material de proteção individual de qualidade.