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O presidente brasileiro colocou em causa as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) face à pandemia da Covid-19, pelo facto do seu diretor-geral, Tedros Adhanom Ghebreyesus, “não ser médico”.

“Estou a responder num processo dentro e fora do Brasil, sendo acusado de genocídio por ter defendido uma tese diferente da OMS. Falam tanto da OMS, mas diretor da organização é médico? Não é médico. É como se o presidente da Caixa [instituição financeira brasileira] não fosse alguém da economia. Não faz sentido”, afirmou Jair Bolsonaro durante uma transmissão de vídeo em direto no Facebook.

O presidente brasileiro continua a insistir que é preciso levantar todas as restrições e acabar com o confinamento.

Além disso, Bolsonaro voltou a avançar a ideia que 70% da população brasileira vai ficar infetada com a Covid-19.

Antes de ser eleito diretor-geral da OMS em 2017, Tedros Adhanom Ghebreyesu que se tornou no primeiro presidente da organização nascido no continente africano, trabalhou na Etiópia como ministro da Saúde (2005 a 2012) e como ministro de Relações Exteriores (2012 a 2016). Foi ainda presidente do Conselho do Fundo Global de Combate à Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA), Tuberculose e Malária; presidente da Parceria Fazer Recuar a Malária e copresidente do Conselho da Parceria Global para a Saúde Materna, Neonatal e Infantil.

Tedros tem um doutoramento em Saúde Comunitária pela Universidade de Nottingham e um mestrado em Imunologia de Doenças Infeciosas pela Universidade de Londres, ambas no Reino Unido.

Segundo o último balanço, o Brasil tem mais de 50 mil infetados e há registo de cerca de 3. 300 mortes.