O primeiro-ministro do Governo interino do Egipto garantiu esta quarta-feira que os apoiantes do presidente destituído Mohamed Morsi vão ser dispersos dos locais onde mantêm os protestos.

"Não haverá recuo na decisão de dispersar os acampamentos de Rabaa and Nahda", disse Hazem al-Beblawi, citado pela televisão estatal, numa referência aos protestos dos islamistas no Cairo, e após a presidência ter anunciado o falhanço da mediação europeia e norte-americana com os apoiantes de Morsi (os islamistas).

Em paralelo, as Forças Armadas egípcias anunciaram terem morto "60 terroristas" na instável península do Sinai, onde os combatentes islamistas multiplicaram os ataques desde a destituição de Morsi pelos militares, a 3 de Julho.

Na terça-feira, dia 30, a responsável pela diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, esteve reunida com Mohamed Morsi, o presidente egípcio deposto.

O encontro, de duas horas, foi promovido para tentar encontrar uma solução que inclua a Irmandade Muçulmana na transição política no país.

Nesse dia, os apoiantes de Morsi realizaram uma marcha de um milhão de pessoas para reclamar o regresso do governante ao poder, depois de ter sido deposto, no início deste mês, pelo Exército.

Mohamed Morsi foi deposto há cerca de três semanas pelos militares e é agora acusado de conspirar com os palestinianos do Hamas.