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Com quatro mandatos da emigração por atribuir, o PS firmava-se como o grande vencedor das eleições legislativas deste domingo, com 36,65% dos votos e 106 deputados eleitos.

De acordo com dados da Secretaria-Geral do Ministério de Administração Interna (SGMAI) - Administração Eleitoral, o PSD foi o segundo partido mais votado, com 27,90% dos votos e 77 deputados.

O Bloco de esquerda (BE) cimenta o estatuto de terceira força política, obtendo 9,67% dos votos (abiaxo dos 10,22% de 2015) e elegendo 19 deputados, o mesmo número de há quatro anos.

A CDU tem perdas significativas, baixando para 6,46% e 12 deputados eleitos, tal como o CDS-PP, com uma quebra ainda mais evidente: 4,25% e cinco deputados.

O PAN, que entrou no Parlamento com um único deputado há quatro anos, reforça posições. O partido animalista atingiu 3,28% e conquista quatro assentos em São Bento.

Uma das grandes novidades destas eleições é a estreia parlamentar de três partidos, cada um deles com um deputado eleito por Lisboa: Chega (1,30%), Iniciativa Liberal (1,29%) e Livre (1,09%).

Houve 129.599 votos brancos (2,54%) e 88.539 votos nulos (1,74%).

De acordo com a SGMAI, estavam recenseados para as eleições de domingo 10.810.662 eleitores, mais cerca de 1,1 milhões do que nas anteriores legislativas, em 2015, devido ao recenseamento automático no estrangeiro.

Mapa cor-de-rosa e recorde de abstenção

O PS foi o partido mais votado em 15 dos 20 círculos eleitorais. Os círculos de Viseu, Vila Real, Bragança, Leiria e Madeira foram aqueles onde venceu o PSD.

A taxa de abstenção registou um novo recorde em eleições legislativas, ao fixar-se em 45,5%, segundo a Secretaria Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI).

Os dados da abstenção das eleições de domingo dizem respeito aos cerca de 9,3 milhões de eleitores recenseados no território nacional, faltando ainda os cerca de dois milhões de eleitores residentes no estrangeiro.

Em 2015, a taxa de abstenção tinha atingidos os 44,4% e, em 2011, ficou nos 41,1%, tendo dois anos antes se situado nos 39,4%.