A fábrica de calçado Armando Silva encerra e deixa 62 pessoas no desemprego até ao Natal. A empresa de São João da Madeira, com 75 anos de história, alega dificuldades, agravadas com a pandemia.

Os trabalhadores receberam agora a notificação final do despedimento coletivo, segundo o Sindicato Nacional dos Profissionais da Indústria e Comércio do Calçado, Malas e Afins, de Aveiro.

Em declarações à Renascença, a sindicalista Fernanda Moreira explica que os funcionários não vão sair todos ao mesmo tempo, mas até ao final do ano o processo estará concluído.

“A empresa decidiu fazer um despedimento coletivo, com encerramento da empresa. São 62 trabalhadores e nem todos têm o mesmo aviso prévio. Os que têm o máximo de aviso prévio são 75 dias, portanto, nem todos vêm embora ao mesmo tempo, mas até ao final do ano todos estarão no desemprego.”


A dirigente sindical explica ainda que entre os 62 trabalhadores há vários casais e diferentes idades: “tem lá de tudo, desde trabalhadores que estão perto da idade da reforma, tem outros que estão naquela fase um bocado difícil, com cerca de 55 anos, e tem mais jovens e alguns casais. Esta questão dos casais penso que são os que estão mais próximo da reforma”.

Segundo Fernanda Moreira, a fábrica alega falta de encomendas e escolheu fechar agora, enquanto ainda tem dinheiro para pagar aos trabalhadores.

A fábrica Armando Silva produz calçado de gama alta, para homens. Estes funcionários são altamente especializados e, se a economia recuperar, Fernanda Moreira acredita que podem ser rapidamente absorvidos.

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