"Embora a covid-19 já não seja uma emergência de saúde pública internacional, o vírus continua a circular, a mudar e a matar", diz diretor-geral da OMS.
O final do ano passado e início de 2024 regista 15 dias consecutivos de excesso de mortalidade. No resto de 2023, foram registados apenas nove. A última semana foi a mais mortal em quase três anos.
Semana com maior número de casos em oito meses. Pneumologista Filipe Froes diz à Renascença que a situação está relacionada com a nova variante EG.5 (Éris) - mais contagiosa mas sem maior risco de mortalidade -, e alerta que é necessário “monitorização e preparação” para o outono e inverno.
A EG.5 apresenta "características que escapam aos anticorpos" e pode estar em "vantagem de crescimento". OMS registou "aumento considerável" de casos na semana de 17 a 23 de julho.
Responsável da OMS alertou que ainda “persistem algumas incertezas críticas sobre a evolução do vírus, que tornam difícil de prever” a dinâmica da sua transmissão futura ou o seu comportamento sazonal.
No mesmo mês, Portugal registou a terceira maior taxa de mortalidade excessiva (6%), face ao valor de referência, depois de Chipre e Grécia (12% ambos).
INSA regista quatro períodos do ano passado com mortes acima do esperado: dois deles são explicados pela pandemia, o terceiro por uma onda de calor e o último coincide com períodos de frio extremo e gripe, que começou mais cedo do que em anos anteriores.
No ano em que a pandemia se iniciou, a covid-19 vitimou quase 439 mil pessoas na União Europeia. Em Portugal tirou a vida a mais de sete mil pessoas. Em média, as principais causas de morte em Portugal tiraram mais de 10 anos de vida às suas vítimas.