“Nós achamos que a Sra. ministra tem é de negociar e chegar a acordo com os sindicatos", diz à Renascença Helena Terleira, do movimento Médicos em Luta.
Numa carta aberta divulgada no sábado, cerca de 600 médicos expressaram a sua indisponibilidade para fazer mais horas extraordinárias, além das previstas na lei, caso não haja acordo com os sindicatos nas negociações.
O estudo do Laboratório Português de Ambientes de Trabalho Saudáveis (LABPATS) revela ainda que mais de um em cada quatro (25,4%) profissionais de saúde diz-se alvo de ameaças ou outra forma de abuso físico e psicológico.
Sobre os constrangimentos nas urgências, Carlos Cortes lamenta que os “sucessivos governos sejam sempre apanhados de surpresa com o verão e o inverno”.
Fnam anuncia paralisação após reunião com Ministério da Saúde. Governo pretendia iniciar as negociações sobre as grelhas salariais apenas no próximo ano, argumenta Joana Bordalo e Sá.
Reconhecendo que "as mudanças organizativas levam tempo a ser implementadas", os médicos referem, contudo, que "já passaram mais de seis meses", mas nada veem "ser feito para continuar a motivar de forma a manter" os profissionais.
Segundo o líder sindical, fazem também parte das negociações a formação, nomeadamente no âmbito do internato médico, as normas de organização e disciplina do trabalho médico.