Projeções do Ministério da Saúde apontam para que a falta de médicos de família comece a atenuar-se já no próximo ano e que, a partir de 2026, haja excesso destes profissionais.
Previsões do Governo apontam para que, em 2026, haja um excesso de médicos de família no SNS. "Excesso nunca teremos", diz à Renascença o presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar.
Gustavo Tato-Borges defende que a instalação de balcões físicos dedicados em todas as unidades do SNS permitiria contornar situações de discriminação da população sem literacia digital.
De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde, 8.897 médicos estagiários apresentaram a demissão e 7.863 deles (60% dos que trabalham no país) abandonaram efetivamente os seus empregos.
Dados do Banco de Portugal revelam que há cada vez mais portugueses a endividarem-se para cobrir despesas de saúde. Sem medidas, "a população com menores rendimentos vai ficar bloqueada", avisa o presidente da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública.
Esta redução de profissionais estrangeiros no SNS é acompanhada de uma exportação de enfermeiros portugueses, salienta o Bastonário dos Enfermeiros, lembrando que procuram fora do país melhores salários, carreiras e condições de trabalho.
Há médicos que receberam o salário sem o aumento de 15% acordado com o Ministério da Saúde. Governo assegura que a situação vai ser regularizada no próximo mês.