"Ninguém ganhou. Nenhuma força política conquistou uma maioria suficiente por si só", declarou Emmanuel Macron numa carta publicada nos jornais regionais. Vários deputados da França Insubmissa reagiram, dizendo que Macron deve aceitar o nome proposto pela esquerda.
Professor luso-francês na Universidade de Paris/Nanterre considera que a clivagem política coloca em risco a governabilidade em França. Hermano Sanches-Ruivo não concorda: "o Presidente da República estará mais fragilizado, mas também não fica sem margem de manobra".
Segunda volta das eleições legislativas trouxe surpresa nos resultados. Apontada à vitória, a União Nacional ficou-se pelo último lugar do pódio. Ensemble, movimento do Presidente Emmanuel Macron, resistiu e conseguiu o segundo lugar.
"A França foi atirada para os braços da extrema-esquerda". Foi assim que Jordan Bardella, líder da União Nacional, de extrema-direita, reagiu às projeções das eleições francesas, que colocam o partido Nova Frente Popular à frente. O delfim de Marine Le Pen, de 28 anos, assumiu a derrota numas eleições em que era apontado como favorito à vitória. Também o primeiro-ministro francês já anunciou que vai apresentar a sua demissão a Emmanuel Macron.
Após a vitória anunciada da aliança de esquerda na segunda volta das eleições legislativas, a líder da extrema-direita francesa afirma que a situação do Presidente francês, Emmanuel Macron, é "insustentável".
O líder da coligação de esquerda reclamou a formação de um Governo e clarificou que “nenhum arranjo será aceitável”, porque a Nova Frente Popular tenciona implementar “todo o seu programa e não uma parte dele”.