José Sócrates, que recusou prestar esclarecimentos à SIC sobre o seu contrato de trabalho com a empresa do Luxemburgo, enviou hoje uma carta à PGR, dirigida à Procuradora-Geral, Lucília Gago, através da qual apresenta "queixa formal" contra desconhecidos que, "no MP, divulgaram junto do jornalista" o seu contrato, assim como a informação da existência de uma investigação.
Líder parlamentar socialista acusou o PSD de ser o "partido das portagens", líder da bancada social-democrata respondeu lembrando o antigo primeiro-ministro e a discussão acabou na troika - e com um acalmar dos ânimos de Santos Silva.
Em causa está uma notícia avançada por uma estação de televisão sobre um contrato de trabalho do antigo primeiro-ministro com uma empresa internacional.
Segundo as juízas desembargadoras Maria da Graça dos Santos Silva, Maria Leonor Silveira Botelho e Ana Paula Grandvaux o objetivo de José Sócrates era impedir que Carlos Alexandre pudesse decidir sobre a retirada do estatuto de assistente no caso EDP.
"Eu estou aqui a representar Portugal e, estando a representar Portugal, nada me incomoda", afirmou o Presidente da República, que está no Brasil para a tomada de posse do novo chefe de Estado.
Ao juiz Carlos Alexandre, o Ministério Público alega que, perante informações obtidas a partir do telemóvel apreendido a Manuel Pinho, foi apurada a existência de 115 comunicações na rede social WhatsApp trocadas entre arguido e assistente entre 16 de março e 3 de novembro deste ano.