Xavier Barreto acusa os sucessivos governos de terem prometido - mas sempre adiado - a promessa de autonomia na gestão dos hospitais do SNS. Mas espera que isso mude com o novo Executivo.
No Explicador Renascença desta terça-feira falamos do direito que as pessoas dependentes têm de levar um acompanhante quando vão ao hospital. Muito se tem falado de doentes, sobretudo idosos, que se perdem ou desaparecem. Houve até o caso chocante de uma mulher que foi encontrada morta depois de sair do Hospital São Francisco Xavier e tudo porque a lei não está a ser cumprida. A Entidade Reguladora da Saúde quis agora lembrar isso mesmo. Ouça o podcast.
“Portugal, a nível europeu, é dos países que têm uma menor oferta de reabilitação" e as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte, alerta o diretor do serviço de cardiologia do Hospital Garcia de Orta. Hélder Pereira diz que falta financiamento e mostra-se preocupado com o desinvestimento de meios no interior.
“Não nos foi dada qualquer informação pela família de que o senhor não era autónomo ou tivesse alguma incapacidade que o impedisse de ficar sozinho", refere o hospital.
A mudança decorre de um decreto-lei aprovado em dezembro passado, que altera os serviços competentes para a emissão do certificado de incapacidade temporária para o trabalho (CIT).
Um especialista salientou que em causa estão o nível de educação e de pobreza desta comunidade, que "trazem resultados em saúde e níveis de saúde muitíssimo baixos".
Doentes que devem ser operados em três dias esperam mais no triénio 2019-2021. O cancro mais frequentemente operado é o da pele (25%), seguido da mama, bexiga, cólon e reto estômago e próstata.
Lei que garante direito de acompanhamento nos hospitais a todos é muitas vezes ignorada. Em 2023, a Entidade Reguladora da Saúde recebeu 994 queixas relacionadas com "acompanhamento durante a prestação de cuidados". No ano anterior recebeu 1.018 denúncias.