Para Laurentino Gomes a vitória de Jair Bolsonaro “mostra quanto existe uma maioria racista silenciosa e cúmplice, que usa o argumento da miscigenação racial da democracia racial para fugir das responsabilidades em relação à escravidão”.
Foram necessários quase 70 anos, entre o fim da II Guerra Mundial e 2014, para que se fizesse a reconstituição da história nunca contada da vida dos portugueses que trabalharam como escravos durante a II Guerra Mundial. "Seguramente, mais de 400", diz Fernando Rosas, o historiador que coordena uma equipa de investigadores do Instituto de História Contemporânea da Universidade de Lisboa que, através de fotografias, objetos pessoais e documentos, resgatam a memória dos portugueses que se viram forçados a trabalhar para alimentar a máquina de guerra alemã.
O Palácio Nacional da Ajuda recebe até 29 de setembro a exposição «D. Maria II. De princesa brasileira a rainha de Portugal. 1819-1853». A mostra marca o bicentenário da monarca feita rainha aos 15 anos.
José Neves é professor auxiliar na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, vice-presidente do Instituto de História Contemporânea e autor da obra “Comunismo e Nacionalismo em Portugal”, que obteve o Prémio de Ciências Sociais. Nesta entrevista, este especialista em História Contemporânea fala de quem escreverá a história da pandemia, diz quem serão os vencedores, quem comanda a narrativa e lembra o facto de a história poder não ajudar a ler o presente por ele ser radicalmente diferente de tudo o que já foi vivido.