Sindicato convoca protestos perante a ausência de qualquer calendário negocial ou proposta para responder às reivindicações do setor na reunião com a ministra da Justiça na semana passada.
"Concretamente sobre a questão Influencer e aquilo que levou à demissão do primeiro-ministro, então digo que não é natural. Agora, também será que a demissão de António Costa é única e simplesmente devido à investigação do caso Influencer?", disse Marçal.
António Marçal mostrou-se descontente com a falta de respostas para os problemas imediatos desta classe profissional, que há mais de um ano tem efetuado diversas greves e que causaram o adiamento de milhares de diligências e atos processuais.
Sindicato deixa alerta de que faltam 1.800 oficiais de justiça nos serviços judiciais e que há comarcas em rutura, como em Leiria ou mesmo Lisboa. Protestos decorrem em Lisboa, Porto, Faro, Madeira e Açores.
Em declarações à Lusa, António Marçal, presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ), disse que estão em curso greves entre as 09h00 e as 12h30 de segunda, terça e quintas-feiras com serviços mínimos e greves às manhãs de quartas e sextas-feiras sem serviços mínimos.
O ano de 2023 ficou marcado por greves prolongadas dos funcionários judiciais, repartidos por dois sindicatos: o SFJ e o Sindicato dos Oficiais de Justiça (SOJ).
Relatório Final do Inquérito Nacional às Condições de Vida e de Trabalho dos Funcionários Judiciais é apresentado esta terça~feira. A radiografia à profissão revela grandes dificuldades e muitas pressões.