O Egito, o Qatar e os Estados Unidos lideram há meses esforços para negociar uma trégua na guerra entre Israel e o Hamas, associada a uma troca de reféns detidos na Faixa de Gaza e de palestinianos detidos em prisões israelitas.
Em Rafah, onde há mais de dois meses a maioria da população local se deslocou para Khan Younis, os combates centram-se no bairro de Tal Al Sultan, onde o Exército reivindicou a morte de vários combatentes e a deteção de "novos túneis e armas, incluindo lança-foguetes de longo alcance e explosivos".
A situação dos hospitais da região é crítica. O hospital Al-Nasser, mais importante, está à beira do colapso devido ao elevado número de mortos e ao fluxo ininterrupto de feridos.
O secretário-geral da ONU acusou ainda o Exército israelita de disparar, em três ocasiões distintas, nos últimos cinco dias, em direção a veículos que transportavam ajuda humanitária.
Desde outubro, cerca de cinco mil pessoas foram retiradas da Faixa de Gaza para tratamento, das quais 80% estão a receber cuidados no Egito, na Qatar e nos Emirados Árabes Unidos.
O primeiro-ministro de Israel propôs o estabelecimento de uma zona desmilitarizada na Faixa de Gaza após a guerra contra o Hamas, que seria administrada pelas autoridades civis palestinianas, mas rodeada por um controlo militar israelita.