Esta semana ocorreram dois casos de agressões em cadeias, mas desde o início de 2024 já estão contabilizados 12 ataques de presos a guardas prisionais. Este número é quase metade do total de casos do ano passado. O Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP) fala de sentimento de revolta e cita Salgueiro Maia para dizer “às vezes é preciso desobedecer”.
Os guardas prisionais têm marcado presença nos protestos das forças de segurança, motivados sobretudo pela atribuição de um subsídio de missão à PJ que deixou de fora a guarda prisional, a PSP e a GNR.
Protesto prolonga-se até ao final do ano. Os trabalhadores exigem a revisão e valorização salarial da carreira, a abertura de concursos de promoção e o reforço de recursos humanos.
O número é avançado, em entrevista à Renascença, por Rui Abrunhosa Gonçalves, responsável pela Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP). "Fiquei surpreendido e não contava que saíssem tantos reclusos", admite.
Falta de pessoal, envelhecimento e problemas mentais geram preocupação. Vigilância eletrónica reformulada por ausência de técnicos. Responsável aponta falhas que se arrastam no tempo e prejudicam a reabilitação de quem fica privado da liberdade.
Paulo Serra e Luís Baião fundiram dois universos que não se costumam cruzar: os alunos de um curso de informática de uma prisão e uma turma de jovens com necessidades educativas. Os reclusos de Castelo Branco desenvolveram consolas que agora são utilizadas pelos “meninos” de Gaia. Há três meses, os dois professores, que estiveram nomeados para o prémio Global Teacher Prize Portugal 2020, lançaram o projeto +Power.