A bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, defendeu hoje que deve existir "mais evidência (informação) científica" para vacinar jovens entre os 12 e os 15 anos contra a covid-19, advertindo que "a pressa é inimiga do bem".
Na semana de 5 a 11 de julho, foram administradas um milhão de vacinas contra a Covid-19 em Portugal continental, um resultado que superou a estimativa inicial de 850 mil inoculações. Cerca de 4.700 profissionais de saúde e funcionários de diversas entidades colaboraram para que este valor fosse atingido. Uma maior oferta de vacinas permitiu ao país aumentar o ritmo e atingir, na sexta-feira, 70% da população adulta vacinada com pelo menos uma dose. Mas como é que os centros de vacinação Covid-19 e estes profissionais se estão a adaptar a esta aceleração? A Renascença foi encontrar respostas a um dos maiores centros de vacinação do país, em Loures, onde os enfermeiros chegam a trabalhar 12 horas por dia, sábados e domingos, sem folgas.
Poucos profissionais terão estado tão presentes em todos os momentos da atual pandemia como os enfermeiros. Da prevenção ao tratamento das situações mais críticas e agora também na vacinação. No centro de saúde de Seia, há 23 enfermeiros para 25 mil pessoas que precisam de ser vacinadas contra a Covid-19.
Ordem dos Enfermeiros afirmou que hospital é onde "historicamente, há maior défice de recursos de enfermagem".14 dos profissionais que vão ser dispensados estão no serviço de urgência.
Conselho Jurisdicional da Ordem dos Enfermeiros arquivou participação disciplinar contra Ana Rita Cavaco, mas grupo de mais de 100 enfermeiros não desiste e avança para os tribunais.
Ministério da Saúde contrapõe as notícias dando conta de que o pagamento desta prestação já deveria ter sido feito em fevereiro, assegurando que "o processamento só se pode fazer no mês seguinte, face à necessidade de se apurar assiduidade do trabalhador".