Alexandra e Sílvia foram sovadas com palavras, excluídas no local de trabalho. As duas funcionárias públicas foram obrigadas a fugir: uma conseguiu ser transferida, outra despediu-se. Denúncias de assédio moral lideram queixas na Função Pública, segundo dados da Inspeção-Geral de Finanças. Mas os números no privado ainda são mais expressivos. Isolado numa sala, Jorge está a preparar a fuga e já moveu um processo contra a entidade patronal. Quando se fala em assédio moral, as provas são escassas, fazer cumprir a lei não é fácil e a busca por justiça demora.
Relação do Porto entende que não se poderia discutir novamente a situação, uma vez que a empresa e a trabalhadora já tinham posto termo ao litígio judicial que mantinham.
Segundo a organização, os valores de emprego entre os homens deverão recuperar para valores pré-pandemia. Menos de metade das mulheres em idade ativa, no mundo inteiro, terão emprego este ano.
Antecipação é feita pelo economista britânico Daniel Susskind que alude a uma “ameaça que a pandemia agravou”. No entanto, este professor da Universidade de Oxford afasta um cenário apocalítico de despedimentos em massa.
Desde o início da pandemia, perderam-se 22 milhões de empregos nos países da OCDE e a recuperação - lenta - ainda não permitiu repor os níveis de emprego registados no final de 2019.
Os dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional mostram que, nos últimos três anos, é vasto o leque de propostas de emprego que não tiveram interessados. O retalho, a construção e o imobiliário são as atividades que mais sofrem com o fenómeno.
O anúncio do despedimento coletivo vai abranger "menos de 300 trabalhadores". Segue-se a um programa de saídas por mútuo acordo, que envolve cerca de 1.110 rescisões.