“Não temos a faculdade de prorrogar moratórias. Nem é adequado. Mas podemos dar algum apoio às empresas dos setores mais afetados", afirma o ministro da Economia.
No setor dos particulares, o montante de empréstimos para habitação em moratória apresentou uma redução líquida de 386 milhões de euros no final de fevereiro, para um total de 16.759 milhões de euros.
Março é um ensaio a um problema maior que pode chegar em setembro, quando terminar a maioria das moratórias. Sem soluções alternativas, muitos devedores podem entrar em incumprimento e a atual crise arrisca chegar ao sistema financeiro.
Um alerta avançado à Renascença pelo CEO do portal Doutor Finanças e que já tinha sido repetido pela Coordenadora das Comissões de Trabalhadores do setor bancário. O portal especializado em finanças pessoais e familiares aconselha os devedores a negociar com os bancos e faz as contas ao custo desta ajuda.
O alerta vem da Associação de Empresários de Mediação Imobiliária e da Deco. O risco de repetição de crise na habitação é real. As moratórias que terminam na quarta-feira são só o balão de ensaio do “tsunami” que pode acontecer em setembro, quando as moratórias públicas chegarem ao fim.
São cerca de 3,7 mil milhões de euros que deixam de estar debaixo da “bolha de oxigénio” concedida para enfrentar os momentos mais intensos da pandemia. Até setembro, terminam todas as moratórias.