Os dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional mostram que, nos últimos três anos, é vasto o leque de propostas de emprego que não tiveram interessados. O retalho, a construção e o imobiliário são as atividades que mais sofrem com o fenómeno.
Empresas não conseguem dar resposta à procura devido à falta de mão de obra. Após a crise de 2008, muitos trabalhadores saíram de Portugal. E agora não vão voltar. Sem imigração, não será possível fazer a “substituição geracional” que não está a acontecer, defende Ricardo Pedrosa Gomes, presidente da Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas e Serviços.
O aumento de preços das matérias-primas está a fazer derrapar os orçamentos – ajustados já no ano passado - de muitas empresas de construção civil. Algumas empresas já se recusam a dar orçamentos, outras diminuíram o prazo de validade dos mesmos.
“Estivemos apenas 15 dias” em teletrabalho. Nos Armazéns do Calhabé, empresa de matérias de construção fundada há 60 anos, o administrador Hélder Fonseca não tem dúvidas: “o ano de pandemia foi o nosso melhor ano de sempre. Quem está a sustentar o país é a construção”.
Projeto social começou em 2011 e prevê 12.300 fogos em duas cidades vizinhas de Caracas. Chega agora a “um marco muito importante, que contribui para o alojamento de 20.000 venezuelanos que não tinham casa”.