O Estado detém atualmente 50,15% da Lusa, com a Global Media a ser detentora de 23,36% e a Páginas Civilizadas 22,35%. Em agosto, Marco Galinha anunciou a venda de parte da Global Media a um fundo suíço.
Luís Filipe Simões diz que o anúncio da operação a cerca de quatro meses das eleições não levanta receios quanto à independência editorial dos órgãos de informação detidos pelo Global Media Group. Além disso, considera preferível que a Lusa esteja maioritariamente nas mãos do Estado do que à mercê de um fundo "que não se sabe muito bem quem representa".
O grupo Bel vendeu a maioria do capital da sociedade participada Páginas Civilizadas, detentora de uma posição maioritária na Global Notícias - Media Group, que detém a TSF, Diário de Notícias (DN), Jornal de Notícias (JN), entre outros.
Ana Mendes Godinho lembrou ainda que existem meios legais para fazer cumprir a legislação, como a intervenção da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT).
Maria Helena Sousa, que tomou posse esta terça-feira, constata que a "realidade em que o setor vive é complexa" e é preciso por "garantir a qualidade da informação e a liberdade de imprensa, independência e pluralidade na informação".